A Deveras Amazônia é formada por cientistas que fazem ciência na Amazônia e para a Amazônia. São responsáveis por transformar Saber em Sabor valorizando conhecimento tradicional aliado ao científico.

São desenvolvidos estudos científicos no laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental- LabBBEx/UFOPA com frutas e ervas nativas as quais são utilizadas para elaboração dos produtos. Conheça nossos projetos e estudos que estão em andamento:

Elaboração de licores de Myrciaria dubia (H.B.K.) Mc Vaug Myrtaceae produzidos a partir de frutos oriundos da Região Oeste do Pará, Amazônia, Brasil

O objetivo do estudo, foi caracterizar e desenvolver licores do fruto de camu-camu in natura (LFIN) e desidratado (LFD). Foram elaborados licores com frutos in natura e frutos desidratados e realizado análises de pH, acidez total, teor alcoólico, sólidos solúveis (Brix°), teor de vitamina C, polifenóis total e índice de maturação do fruto. Os constituintes voláteis do aroma dos licores foram determinados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas. As bebidas apresentaram flavor característico do fruto, alto teor de compostos bioativos e sabor agradável.

Caracterização físico-química da espécie Victoria amazônica (Vitória-régia)

O LabBBEx juntamente com a Deveras vem desenvolvendo pesquisas com a Vitória-régia cultivada de forma sustentável pela comunitária e empreendedora Dulce Oliveira.

Alguns resultados preliminares estão disponíveis, e mostram que a espécie é rica em fibras e proteínas e apresenta atividade antioxidante.

Caracterização físico-química e padronização do processo de elaboração de bebida funcional feita com o resíduo caroço oriundo da extração do açaí (Euterpe oleracea Mart): uma contribuição para a cadeia produtiva do fruto amazônico

Está sendo aprimorada uma bebida funcional feita do caroço do açaí (resíduo da extração), que já vem sendo utilizada há muitos anos no interior da Amazônia como um “café amazônico”. Para isso, estão sendo realizados estudos do melhoramento do processo de torrefação dos grãos de açaí, a fim de determinar o melhor método que conserve compostos fenólicos e mantenha a bebida funcional. Toda essa etapa é realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará, Deveras e em parceria com as mulheres da agricultura familiar de uma comunidade piloto. O torrador utilizado tem custo acessível e será uma técnica de baixo custo. A ideia é que padronizando uma forma de preparo que preserve os constituintes químicos, essa informação possa ser repassada para mais produtoras e consigam gerar renda utilizando o caroço de açai de forma sustentável fazendo parceria com empresa local para venda dos grãos moídos. Serão realizados testes para caracterização físico-química do produto, doseamento dos compostos fenólicos e perfil cromatográfico. Ademais, será avaliado o potencial antioxidante da bebida, análise nutricional, toxicidade e atividades biológicas. Além disso, como forma de contribuição científica para resolver gargalos na cadeia produtiva do açaí, será realizando um levantamento de utilização do resíduo caroço do açaí em Santarém-PA e comunidades vizinhas para mapear de que forma esses resíduos são descartados e como poderiam fazer parceiras com as mulheres da agricultura familiar.